quarta-feira, 9 de maio de 2012

NAVEGANDO PELA CULTURA MARANHENSE


IDENTIFICAÇÃO: 
TEMA: Navegando pela cultura maranhense.
TÍTULO: Conhecendo um pouco do Maranhão
AUTORA: Isabel Noberto Araújo
NÚMERO DE ALUNOS ENVOLVIDOS: 240 alunos
SUJEITOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO: Supervisor, Diretor, Professores e alunos.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 20-03-2012 a 27/04/2012


I-             JUSTIFICATIVA
                Maranhão é um híbrido cultural do Norte e Nordeste com predominância do Norte como podemos observar no seu artesanato, folclore, costumes, lendas e mitos, música popular, na marcante influencia indígena e negra e na sua culinária.
Suas mais autênticas manifestações da cultura popular estão na região formada por São Luís e Golfão Maranhense, Litoral Ocidental, Baixada Maranhense e os vales dos rios Pindaré, Mearim e Itapecuru. Todos, com exceção do Itapecuru (pré-amazônia), estão inseridos no domínio Amazônico.
              O Maranhão é reconhecido como um estado cuja cultura popular se destaca pela sua diversidade e beleza, com uma variedade de manifestações que dizem muito da identidade do povo maranhense. Beleza, tradição, variedade e magia, estas são palavras que traduzem um pouco da rica cultura popular do Maranhão.
                  A miscigenação das raças negras, brancas e indígenas, está presente em quase tudo aquilo que define a identidade cultural do Estado: no artesanato, na construção de embarcações típicas, nas danças e folguedos, nas festas, na culinária, na música e na tradição oral; bumba-meu-boi, Tambor de Crioula e Caroço, Carnaval, São João, Divino Espírito Santo; as lendas da Serpente, do Touro Encantado e de Ana Jensen são resultados de uma síntese fascinante, marcada pela criatividade, tradição e participação popular que fazem do Maranhão um estado turisticamente grandioso.
                 O desenvolvimento do projeto se justifica pela grande importância cultural e poética, pois comporta uma abordagem no processo de ensino- aprendizagem que constituem as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular.
                 Sua proposta é chamar a atenção para os aspectos culturais e arquitetônicos maranhenses, não percebidos ou desconhecidos pelos alunos, e que estão presentes no seu dia-a-dia, bem como também trabalhar as possibilidades de trabalhar a poesia que faz bem a alma e são ótimos textos para crianças em fase inicial de alfabetização, pois são fáceis de memorizar já que, em geral, são curtos e ritmados. Isso permite que os alunos que participem das atividades de leitura e de escrita sem a preocupação em determinar O QUE está escrito uma vez que sabem o texto memorizado, se dedicando mais a reflexão sobre COMO o texto foi escrito e sua forma de organização. Possibilitando uma relação prazerosa com a língua Portuguesa.
                 Portanto o Projeto Navegando pela cultura maranhense (Poesia e fachadas arquitetônicas...) pretende, ajudar no processo de alfabetização, tendo como repertorio textos memorizados e ainda enriquecer o universo cultural dos alunos, estimulando a sensibilidade poética e cultural.

II-OBJETIVOS
 Gerais:
· Reconhecer as diferentes manifestações culturais do povo maranhense enfatizando sua influencias no cotidiano.
· Identificar laços culturais maranhenses e sua relação com outras manifestações existentes.
· Desenvolver sensibilidade e gosto pela leitura de textos poéticos.
· Adquirir fluência na leitura de poemas.
Específicos:
- Relacionar heranças culturais dos diferentes povos e suas influencias na cultura maranhense.
- Caracterizar manifestações culturais, distribuídas de acordo com as influencias predominantes em cada região.
- Identificar, nos textos poéticos lidos, os jogos de palavras que envolvem significados ou formas, as rimas, as repetições que marcam os ritmos, as intenções do autor, a beleza da linguagem da poesia maranhense.
- estudar e compreender os costumes e a economia política do Maranhão.
- Analisar a sociedade maranhense suas manifestações culturais.
ETAPAS
• Apresentação da idéia;
• Desenvolvimento;
• Culminância.

III- ABORDAGEM PEDAGÓGICA

                Em um país como o Brasil que tem hoje por volta de 16 milhões de analfabetos e que de acordo com uma pesquisa realizada pelo ministério da educação (MEC), metade deste número está concentrada em menos de 10% dos municípios de todo o país. De acordo com essas informações têm ainda em nosso país, os alfabetos funcionais, pessoas capazes de ler e escrever um bilhete simples e tem menos de quatro anos na vida escolar, porem não consegue compreender o seu significado. Essas informações são espantosas, mas de fato essa realidade existe com casos em universidades de alunos que enfrentam grandes problemas com a leitura e interpretação textual. Muito desses alunos não tem capacidade de compreensão do que leram e menos ainda de fazer uma síntese de um texto lido ou um comentário critico reflexivo.
                 A realidade é que vivemos numa sociedade pouca letrada, visto que a obtenção do hábito de leitura e a escrita são percebidas como praticas culturais e sociais reservadas na sua maioria para o ambiente escolar, sendo desconsiderado o ambiente familiar, ou seja, não adianta somente ser alfabetizado mais sim desenvolver o habito de ler. “Segundo Ribeiro (2001) ¨O ato de estudar é difícil, porem exige persistência, disciplina e só será alcançada se for cultivada o habito de estudo” (p.11)
                 Etimologicamente, alfabetizar significa adquirir conhecimento sobre o alfabeto, aprender a ler e a escrever, tornando-se conhecedor do código escrito diante do desenvolvimento da leitura e escrita. Porém num sentido maior significa uma ação continua de transformações sociais, na qual o individuo tem a possibilidade tem a possibilidade de se tornar conhecedor dos seus direitos e assim ficar a par dos seus deveres.
                   O desafio da escola está em fazer com que as crianças leiam e escrevam de forma espontânea, criativa, construindo se próprio conhecimento, tornando-se parte do mundo mágico da cultura escrita. Segundo Soares apud Simonetti (2003). ¨A “alfabetização é não só a representação das letras e dos sons, mais também a sua compreensão e a interpretação” (p.16).
                   O processo de alfabetizar é antes de tudo acender no educando a curiosidade e o prazer de ler e escrever, sendo assim ela é inserido de maneira lúdica no mundo da leitura e escrita. Com o passar do tempo o educando deixou de ser um adulto em miniatura e passou a ser identificada como um estado diferenciado na qual está inserida num contexto histórico, social e cultural sendo cpaz de construir seu próprio conhecimento dentro numa aprendizagem significativa em que ela possa interagir com outras crianças e com outras culturas de acordo com suas relações interpessoais. No dizer de Teberosky, apud Ferreiro (2003
                 O construtivismo foi um grande colaborador, pois permitiu que compreendêssemos a alfabetização dentro de um contexto histórico cultural no qual se desenvolve dentro das fases da vida humana. (p.123).
                 Com o advento da democratização do ensino, a escola passou a ser um conjunto formado pelos alunos e professores, onde o docente deverá deixar de ser um mero transmissor de conhecimento para ser o mediador, facilitador da aprendizagem. A tarefa do professor é promover situações didáticas que garantam a aprendizagem de aluno.
                 Daí a necessidade de diferentes e novas formas de incluir nossos alunos nesse avanço tecnológico, principalmente para a população menos favorecida que na sua maioria só teria acesso a essas novas tecnologias no ambiente escolar e se forem trabalhadas de maneira adequada o uso dessa aprendizagem propiciará uma maior integração por parte dos alunos, no desenvolvimento das atividades propostas pela escola como na solução de projetos, ou seja, fazer com que o aluno usufrua dessas tecnologias nos seus planos de estudos, desenvolvendo sua capacidade criadora, o empenho pela investigação e senso - critico como resultado da ação do aprendiz.

IV-DINÂMICA DA ATIVIDADE

•Apresentação do projeto
•Pesquisas em diferentes fontes (jornais, revistas, livros, entrevistas, internet e, etc.)
•Leitura de livros informativos sobre o tema estudado;
•Apresentação de resultado de pesquisa;
•Confecção de cartazes;
•Produção textual e reescrita de textos para confecção da versão final;
· Fotos do centro histórico de São Luís.
· Palestras.
· Exibição de vídeos.
· Pintura de azulejos.
· O projeto terá uma culminância onde os alunos farão relatos das experiências que tiveram durante o projeto em observar e manusear modelos de livros de poesias e a partir daí produzir o seu ou da classe, que será reproduzido para todos e poderá fazer parte do acervo da escola.

V- MÍDIAS, TECNOLOGIAS E ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
  • Aulas expositivas
  • Acervos (livros, revistas, jornais, etc.)
  • Construção de cartazes e murais
  • Material didático pedagógico
  • Leitura de textos informativos
  • Discussões e debates
  • CD, DVD, etc.
  • Data show (Slides)
  • Micro system
  • Computador
  • Internet
VI-SUBITENS A SEREM TRALHADOS
- Comidas e frutas do Maranhão - 6º ano “A”
- Reggae (coreografia) – (6º ano “B”
- Caricaturas dos escritores maranhenses – 7º ano “A”
- Origem do nome Maranhão – 7º ano 
- Cultura do maranhão – 8º ano “A”
- Turismo de Açailândia – 8º ano “B”
- As rodovias maranhenses e população maranhense com utilização de gráficos – 9º ano
- Musica: Baião João do vale ( Todo mundo cantam sua terra)  6º ano “A/B
- Bumba meu boi / Cacuriá  - 5º ano - Capoeira – 3º ano
VII-AVALIAÇÃO

· Registro da observação do comportamento do aluno.
· Nível de desenvoltura e espontaneidade do (a) aluno (a).
· Análise de produção individual e coletiva do (a) aluno (a).
· Mudança de atitude frente as estudo realizado com base nos temas abordados e relacionamento interpessoal.
· Nível de participação na produção e apresentação do produto final.

VIII-RESULTADOS A SEREM ALCANÇADOS

 - Esperamos que através da prática coletiva e reflexiva, alunos e professores se tornem aprendizes construtores de conhecimentos voltados para a cultura maranhense bem como o desenvolvimento de leitura e escrita e ampliação a cerca do tema abordado.

IX-REFERÊNCIA

Terra das palmeiras
Atlas especial do maranhão etc.
GOUVÊA, Sylvia Figueiredo. Os caminhos do professor na Era da Tecnologia - Acesso Revista de Educação e Informática, Ano 9 - número 13 - abril 1999.
SIMONETTI, Amália. O desafio de alfabetizar e letrar. Fortaleza: Edições livro técnico, 2005.
WEISZ, Telma. SANCHEZ, Ana. O dialogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: ática, 2003. 23p
DEWEY, John. Expérience et éducation. Paris, FR: Armand Colin, 1968.
alzira-moura.blogspot.com/p/projeto-navegando-pela-cultura.html

ANEXOS

POETAS MARANHENSES
Vamos conhecer a VIDA e a POESIA do poeta Maranhense Gonçalves Dias.

GONÇALVES DIAS (1823-1864)

                  Antônio Gonçalves Dias nasceu no dia 10 de agosto de 1823, nos arredores de Caxias, no Maranhão. filho natural de português e mestiça, com a morte do pai, que, entretanto se casara regularmente, é enviado pela madrasta a estudar Direito em Coimbra (1838). Durante o curso, escreve seus primeiros versos e participa do grupo de poetas medievistas que se reunia em torno do o Trovador. Formado em 1844, regressa ao Maranhão, e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, que lhe inspiraria mais tarde o poema "Ainda uma vez — adeus!".
                   Em 1846, muda-se para o Rio de Janeiro, onde se dedica ao magistério (professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II), ao jornalismo (redator da revista Guanabara) e à elaboração de sua obra poética, teatral e etnográfica e historiográfica, a última das quais relacionadas com as várias missões que lhe são destinadas, aqui e no estrangeiro. Faleceu ao regressar de uma viagem à Europa, no naufrágio do "Ville de Boulogne", já próximo do Maranhão, a 3 de novembro de 1864.
                   Escreveu: Primeiros Cantos (1846), Leonor de Mendonça, teatro (1847), Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848), Últimos cantos (1851), Os timbiras (1857), Dicionário da Língua Tupi (1858), Obras Póstumas, 6 volumes; organizadas por Antônio Heriques Leal (1868-1869). Primeiro poeta autenticamente brasileiro, na sensibilidade e na temática, e das mais altas vozes de nosso lirismo, dele foram selecionadas três composições, amostra expressiva de sua duas "maneiras fundamentais, a lírico-amorosa e a indianista”.

Fonte: www.e-biografias.net

CANÇÃO DO EXÍLIO de Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá,
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar, - sozinho, à noite.
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;  
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde cantei o Sabiá.
Coimbra - Julho 1843
Lembre-se de que nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere o melhor. Beijos tia Fátima.

1. Agora é com você:
a. Numere os versos da poesia. Agora escreva o numero de versos?

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b. Numere também as estofes. Depois escreva uma estrofe.
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c. Circule as rimas na poesia. Agora escreva algumas rimas que você circulou.

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d - Faça um desenho bem bonito sobre a obra CANÇÃO EXÍLIO de Gonçalves Dias.

Lembre-se de que nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere o melhor. Beijos

DESEJO
E por morir.
METASTÁSIO

Ah! que eu não morra sem provar, ao menos
Sequer por um instante, nesta vida
Amor igual ao meu!
Dá, Senhor Deus, que eu sobre a terra encontre
Um anjo, uma mulher, uma abra tua,
Que sinta o meu sentir;
Uma alma que me entenda, irmã da minha,
Que escute a meu silêncio, que me siga
Dos ares na amplidão!
Que em laço estreito unidas, juntas, presas,
Deixando a terra e o lodo, aos céus remontem.
Num êxtase de amor!
(De Primeiros Cantos)
 NÃO ME DEIXES! 
Debruçada nas águas dum regato
A flor dizia em vão
A corrente, onde bela se mirava...
“Ai, não me peixes, não”!

Comigo fica ou leva-me contigo
Dos mares à amplidão,
Límpido ou turvo te amarei constante
Mas não me deixes, não!

E a corrente passava; novas águas.
Após as outras vão;
E a flor sempre a dizer curva na fonte:
"Ai, não me deixes, - não!"

E das águas que fogem incessantes
A eterna sucessão
Dizia sempre a flor, e sempre embalde:
"Ai, não me deixes, não!"

Por fim desfalecida e a cor murchada,
Quase a lamber o chão,
Buscava inda a corrente por dizer-lhe
Que a não deixasse, não.

A corrente impiedosa a flor enleia,
Leva-a do seu torrão;
A afundar-se dizia a pobrezinha:
"Não me deixaste, não!"

(De Novos Cantos)

Minha História

Seu moço quer saber, eu vou cantar num baião
Minha história pra o senhor, seu moço, preste atenção.

Eu vendia pirulito, arroz doce, mungunzá
Enquanto eu ia vender doce, meus colegas iam estudar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar.

E quando era de noitinha, a meninada ia brincar
Vixe, como eu tinha inveja, de ver o Zezinho contar:
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar.

Hoje todo são “doutô”, eu continuo João ninguém
Mas quem nasce pra pataca, nunca pode ser vintém
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem.

Mas todos eles quando ouvem, um baiãozinho que eu fiz,
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis
E dizem: - João foi meu colega, como

eu me sinto feliz
E dizem: - João foi meu colega, como eu me sinto feliz

Mas o negócio não é bem eu, é Mané, Pedro e Romão,
Que também foram meus colegas, e continuam no sertão
Não puderam estudar, e nem sabem fazer baião

                          João do Vale

Todos Cantam Sua Terra
Todo mundo canta sua terra
Eu também vou cantar a minha
Modéstia à parte seu moço
Minha terra é uma belezinha
A praia de olho d’água
Lençóis e Araçagi
Praias bonitas assim
Eu juro que nunca vi

Minha terra tem beleza
Que em versos não sei dizer
Mesmo porque não tem graça
Só se vendo pode crer

Acho bonito até
O jornaleiro a gritar imparcial
Diário
Olha o Globo
Jornal do povo descobriu outro roubo
E os meninos que vendem derrê sol a cantar
Derrê sol derrê ê ê ê ê ê ê sol
E fruta lá tem: juçara
Abricó e buriti
Tem tanja, mangaba e manga
E a gostosa sapoti
E o caboclo da maioba
Vendendo bacuri
Tinha tanta coisa pra falar
Quando estava fazendo esse baião
Que quase me esqueço de dizer
Que essa terra é tão linda é o Maranhão
Ô Maranhão, ô Maranhão.

João do Vale


ATIVIDADE


1.             1. Leia os trechos da música ¨MINHA TERRA¨e substitua cada palavra sublinhada por desenhos que as simbolize,utilizando materiais diversos.

A praia de olho d’água
Lençóis e Araçagi
Praias bonitas assim
Eu juro que nunca vi

E fruta lá tem: juçara
Abricó e buriti
Tem tanja, mangaba e manga
E a gostosa sapoti
E o caboclo da maioba
Vendendo bacuri.


UM POUCO DA VIDA DE JOÃO DO VALE.

                  João Batista do Vale desde pequeno gostava muito de música, mas logo teve de trabalhar, para ajudar a família. Aos 13 anos foi para São Luís MA, onde participou de um grupo de bumba-meu-boi, o Linda Noite, como "amo" (pessoa que faz os versos). Dois anos depois, começou sua viagem para o Sul, sempre em boleias de caminhões: em Fortaleza CE, foi ajudante de caminhão; em Teófilo Otoni MG, trabalhou no garimpo; e no Rio de Janeiro RJ, onde chegou em dezembro de 1950, empregou- se como ajudante de pedreiro numa obra no bairro de Ipanema.
                   Passou a frequentar programas de rádio, para conhecer os artistas e apresentar suas composições, em maioria baiões. Depois de dois meses de tentativas, teve uma música de sua autoria gravada por Zé Gonzaga, Cesário Pinto, que fez sucesso no Nordeste. Em 1953, Marlene lançou em disco Estrela miúda, que também teve êxito; outros cantores, como Luís Vieira e Dolores Duran, gravaram então músicas de sua autoria. Em 1964 estreou como cantor no restaurante Zicartola, onde nasceu a idéia do show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa, que foi apresentado no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro.
                   Dele participou, ao lado de Zé Kéti e Nara Leão, tornando-se conhecido principalmente pelo sucesso de sua música Carcará (com José Cândido), a mais marcante do espetáculo, que lançou Maria Bethânia como cantora. Como compositor, em 1969 fez a trilha sonora de Meu nome é Lampião (Mozael Silveira). Depois de se afastar do meio musical por quase dez anos, lançou em 1973 Se eu tivesse o meu mundo (com Paulinho Guimarães) e em 1975 participou da remontagem do Show Opinião, no Rio de Janeiro.
                 Tem dezenas de músicas gravadas e algumas delas deram popularidade a muitos cantores: Peba na pimenta (com João Batista e Adelino Rivera), gravada por Ari Toledo, e Pisa na fulo (com Ernesto Pires e Silveira Júnior), baião de 1957, gravado por ele mesmo. Em 1982 gravou seu segundo disco, ao lado de Chico Buarque, que, no ano anterior, havia produzido o LP João do Vale convida, com participações de Nara Leão, Tom Jobim, Gonzaguinha e Zé Ramalho, entre outros. Em 1994, Chico Buarque voltou a reverenciar o amigo, reunindo artistas para gravar o disco João Batista do Vale, prêmio Sharp de melhor disco regional...

Azulejos clássicos Portugueses para colorir!












































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