IDENTIFICAÇÃO:
TEMA: Navegando pela cultura maranhense.
TEMA: Navegando pela cultura maranhense.
NÚMERO DE ALUNOS ENVOLVIDOS: 240 alunos
SUJEITOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO: Supervisor, Diretor, Professores e alunos.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 20-03-2012 a 27/04/2012
I-
JUSTIFICATIVA
Maranhão
é um híbrido cultural do Norte e Nordeste com predominância do Norte como
podemos observar no seu artesanato, folclore, costumes, lendas e mitos, música
popular, na marcante influencia indígena e negra e na sua culinária.
Suas mais autênticas manifestações da cultura popular estão na região
formada por São Luís e Golfão Maranhense, Litoral Ocidental, Baixada Maranhense
e os vales dos rios Pindaré, Mearim e Itapecuru. Todos, com exceção do
Itapecuru (pré-amazônia), estão inseridos no domínio Amazônico.
O Maranhão é reconhecido como um estado
cuja cultura popular se destaca pela sua diversidade e beleza, com uma
variedade de manifestações que dizem muito da identidade do povo maranhense.
Beleza, tradição, variedade e magia, estas são palavras que traduzem um pouco
da rica cultura popular do Maranhão.
A miscigenação das raças negras, brancas e
indígenas, está presente em quase tudo aquilo que define a identidade cultural
do Estado: no artesanato, na construção de embarcações típicas, nas danças e
folguedos, nas festas, na culinária, na música e na tradição oral;
bumba-meu-boi, Tambor de Crioula e Caroço, Carnaval, São João, Divino Espírito
Santo; as lendas da Serpente, do Touro Encantado e de Ana Jensen são resultados
de uma síntese fascinante, marcada pela criatividade, tradição e participação
popular que fazem do Maranhão um estado turisticamente grandioso.
O desenvolvimento do projeto se
justifica pela grande importância cultural e poética, pois comporta uma
abordagem no processo de ensino- aprendizagem que constituem as maneiras de
pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular.
Sua proposta é chamar a atenção para os
aspectos culturais e arquitetônicos maranhenses, não percebidos ou
desconhecidos pelos alunos, e que estão presentes no seu dia-a-dia, bem como
também trabalhar as possibilidades de trabalhar a poesia que faz bem a alma e
são ótimos textos para crianças em fase inicial de alfabetização, pois são
fáceis de memorizar já que, em geral, são curtos e ritmados. Isso permite que
os alunos que participem das atividades de leitura e de escrita sem a
preocupação em determinar O QUE está escrito uma vez que sabem o texto
memorizado, se dedicando mais a reflexão sobre COMO o texto foi escrito e sua
forma de organização. Possibilitando uma relação prazerosa com a língua
Portuguesa.
Portanto
o Projeto Navegando pela cultura maranhense (Poesia e fachadas
arquitetônicas...) pretende, ajudar no processo de alfabetização, tendo como
repertorio textos memorizados e ainda enriquecer o universo cultural dos
alunos, estimulando a sensibilidade poética e cultural.
II-OBJETIVOS
Gerais:
· Reconhecer as diferentes manifestações culturais do povo maranhense
enfatizando sua influencias no cotidiano.· Identificar laços culturais maranhenses e sua relação com outras manifestações existentes.
· Desenvolver sensibilidade e gosto pela leitura de textos poéticos.
· Adquirir fluência na leitura de poemas.
Específicos:
- Relacionar heranças culturais dos diferentes povos e suas influencias
na cultura maranhense.- Caracterizar manifestações culturais, distribuídas de acordo com as influencias predominantes em cada região.
- Identificar, nos textos poéticos lidos, os jogos de palavras que envolvem significados ou formas, as rimas, as repetições que marcam os ritmos, as intenções do autor, a beleza da linguagem da poesia maranhense.
- estudar e compreender os costumes e a economia política do Maranhão.
- Analisar a sociedade maranhense suas manifestações culturais.
ETAPAS
• Apresentação
da idéia;• Desenvolvimento;
• Culminância.
III- ABORDAGEM PEDAGÓGICA
Em
um país como o Brasil que tem hoje por volta de 16 milhões de analfabetos e que
de acordo com uma pesquisa realizada pelo ministério da educação (MEC), metade
deste número está concentrada em menos de 10% dos municípios de todo o país. De
acordo com essas informações têm ainda em nosso país, os alfabetos funcionais,
pessoas capazes de ler e escrever um bilhete simples e tem menos de quatro anos
na vida escolar, porem não consegue compreender o seu significado. Essas
informações são espantosas, mas de fato essa realidade existe com casos em
universidades de alunos que enfrentam grandes problemas com a leitura e
interpretação textual. Muito desses alunos não tem capacidade de compreensão do
que leram e menos ainda de fazer uma síntese de um texto lido ou um comentário
critico reflexivo.
A
realidade é que vivemos numa sociedade pouca letrada, visto que a obtenção do
hábito de leitura e a escrita são percebidas como praticas culturais e sociais
reservadas na sua maioria para o ambiente escolar, sendo desconsiderado o
ambiente familiar, ou seja, não adianta somente ser alfabetizado mais sim
desenvolver o habito de ler. “Segundo Ribeiro (2001) ¨O ato de estudar é
difícil, porem exige persistência, disciplina e só será alcançada se for
cultivada o habito de estudo” (p.11)
Etimologicamente,
alfabetizar significa adquirir conhecimento sobre o alfabeto, aprender a ler e
a escrever, tornando-se conhecedor do código escrito diante do desenvolvimento
da leitura e escrita. Porém num sentido maior significa uma ação continua de
transformações sociais, na qual o individuo tem a possibilidade tem a
possibilidade de se tornar conhecedor dos seus direitos e assim ficar a par dos
seus deveres.
O desafio da escola está em fazer com que as
crianças leiam e escrevam de forma espontânea, criativa, construindo se próprio
conhecimento, tornando-se parte do mundo mágico da cultura escrita. Segundo
Soares apud Simonetti (2003). ¨A “alfabetização é não só a representação das
letras e dos sons, mais também a sua compreensão e a interpretação” (p.16).
O processo de alfabetizar é antes de tudo acender no educando a
curiosidade e o prazer de ler e escrever, sendo assim ela é inserido de maneira
lúdica no mundo da leitura e escrita. Com o passar do tempo o educando deixou
de ser um adulto em miniatura e passou a ser identificada como um estado
diferenciado na qual está inserida num contexto histórico, social e cultural
sendo cpaz de construir seu próprio conhecimento dentro numa aprendizagem
significativa em que ela possa interagir com outras crianças e com outras
culturas de acordo com suas relações interpessoais. No dizer de Teberosky, apud
Ferreiro (2003
O construtivismo
foi um grande colaborador, pois permitiu que compreendêssemos a alfabetização
dentro de um contexto histórico cultural no qual se desenvolve dentro das fases
da vida humana. (p.123).
Com o advento da democratização do
ensino, a escola passou a ser um conjunto formado pelos alunos e professores,
onde o docente deverá deixar de ser um mero transmissor de conhecimento para
ser o mediador, facilitador da aprendizagem. A tarefa do professor é promover
situações didáticas que garantam a aprendizagem de aluno.
Daí
a necessidade de diferentes e novas formas de incluir nossos alunos nesse
avanço tecnológico, principalmente para a população menos favorecida que na sua
maioria só teria acesso a essas novas tecnologias no ambiente escolar e se
forem trabalhadas de maneira adequada o uso dessa aprendizagem propiciará uma
maior integração por parte dos alunos, no desenvolvimento das atividades
propostas pela escola como na solução de projetos, ou seja, fazer com que o
aluno usufrua dessas tecnologias nos seus planos de estudos, desenvolvendo sua
capacidade criadora, o empenho pela investigação e senso - critico como
resultado da ação do aprendiz.
IV-DINÂMICA DA ATIVIDADE
•Apresentação do projeto
•Pesquisas em diferentes fontes (jornais, revistas, livros, entrevistas,
internet e, etc.)
•Leitura de livros informativos sobre o tema estudado;
•Apresentação de resultado de pesquisa;
•Confecção de cartazes;
•Produção textual e reescrita de textos para confecção da versão final;
· Fotos do centro histórico de São
Luís.
· Palestras.
· Exibição de vídeos.
· Pintura de azulejos.
· O projeto terá uma culminância onde
os alunos farão relatos das experiências que tiveram durante o projeto em
observar e manusear modelos de livros de poesias e a partir daí produzir o seu
ou da classe, que será reproduzido para todos e poderá fazer parte do acervo da
escola.
V- MÍDIAS, TECNOLOGIAS E ATIVIDADES A
SEREM DESENVOLVIDAS
- Aulas expositivas
- Acervos (livros, revistas, jornais, etc.)
- Construção de cartazes e murais
- Material didático pedagógico
- Leitura de textos informativos
- Discussões e debates
- CD, DVD, etc.
- Data
show (Slides)
- Micro
system
- Computador
- Internet
VI-SUBITENS A SEREM TRALHADOS
- Comidas e frutas do
Maranhão - 6º ano “A”
- Reggae (coreografia) – (6º ano “B”
- Caricaturas dos escritores maranhenses – 7º ano “A”
- Origem do nome Maranhão – 7º ano
- Cultura do maranhão – 8º ano “A”
- Turismo de Açailândia – 8º ano “B”
- As rodovias maranhenses e população maranhense com utilização de gráficos – 9º ano
- Musica: Baião João do vale ( Todo mundo cantam sua terra) 6º ano “A/B
- Bumba meu boi / Cacuriá - 5º ano - Capoeira – 3º ano
- Reggae (coreografia) – (6º ano “B”
- Caricaturas dos escritores maranhenses – 7º ano “A”
- Origem do nome Maranhão – 7º ano
- Cultura do maranhão – 8º ano “A”
- Turismo de Açailândia – 8º ano “B”
- As rodovias maranhenses e população maranhense com utilização de gráficos – 9º ano
- Musica: Baião João do vale ( Todo mundo cantam sua terra) 6º ano “A/B
- Bumba meu boi / Cacuriá - 5º ano - Capoeira – 3º ano
VII-AVALIAÇÃO
· Registro da observação do comportamento do aluno.
· Nível de desenvoltura e espontaneidade do (a) aluno (a).· Análise de produção individual e coletiva do (a) aluno (a).
· Mudança de atitude frente as estudo realizado com base nos temas abordados e relacionamento interpessoal.
· Nível de participação na produção e apresentação do produto final.
VIII-RESULTADOS A SEREM ALCANÇADOS
- Esperamos que através da
prática coletiva e reflexiva, alunos e professores se tornem aprendizes
construtores de conhecimentos voltados para a cultura maranhense bem como o desenvolvimento
de leitura e escrita e ampliação a cerca do tema abordado.
IX-REFERÊNCIA
Terra das palmeiras
Atlas especial do maranhão etc.GOUVÊA, Sylvia Figueiredo. Os caminhos do professor na Era da Tecnologia - Acesso Revista de Educação e Informática, Ano 9 - número 13 - abril 1999.
SIMONETTI, Amália. O desafio de alfabetizar e letrar. Fortaleza: Edições livro técnico, 2005.
WEISZ, Telma. SANCHEZ, Ana. O dialogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: ática, 2003. 23p
DEWEY, John. Expérience et éducation. Paris, FR: Armand Colin, 1968.
alzira-moura.blogspot.com/p/projeto-navegando-pela-cultura.html
POETAS MARANHENSES
Vamos conhecer a VIDA e a POESIA do poeta Maranhense Gonçalves
Dias.
GONÇALVES DIAS (1823-1864)
Antônio
Gonçalves Dias nasceu no dia 10 de agosto de 1823, nos arredores de Caxias, no
Maranhão. filho natural de português e mestiça, com a morte do pai, que,
entretanto se casara regularmente, é enviado pela madrasta a estudar Direito em
Coimbra (1838). Durante o curso, escreve seus primeiros versos e participa do
grupo de poetas medievistas que se reunia em torno do o Trovador. Formado em
1844, regressa ao Maranhão, e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, que lhe
inspiraria mais tarde o poema "Ainda uma vez — adeus!".
Em 1846, muda-se para o Rio
de Janeiro, onde se dedica ao magistério (professor de Latim e História do
Brasil no Colégio Pedro II), ao jornalismo (redator da revista Guanabara) e à
elaboração de sua obra poética, teatral e etnográfica e historiográfica, a
última das quais relacionadas com as várias missões que lhe são destinadas,
aqui e no estrangeiro. Faleceu ao regressar de uma viagem à Europa, no
naufrágio do "Ville de Boulogne", já próximo do Maranhão, a 3 de
novembro de 1864.
Escreveu: Primeiros Cantos
(1846), Leonor de Mendonça, teatro (1847), Segundos Cantos e Sextilhas de Frei
Antão (1848), Últimos cantos (1851), Os timbiras (1857), Dicionário da Língua
Tupi (1858), Obras Póstumas, 6 volumes; organizadas por Antônio Heriques Leal
(1868-1869). Primeiro poeta autenticamente brasileiro, na sensibilidade e na
temática, e das mais altas vozes de nosso lirismo, dele foram selecionadas três
composições, amostra expressiva de sua duas "maneiras fundamentais, a
lírico-amorosa e a indianista”.
Fonte: www.e-biografias.net
CANÇÃO DO EXÍLIO de Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá, Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá; Em cismar, - sozinho, à noite.
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde cantei o Sabiá.
Coimbra - Julho 1843
Lembre-se de que nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere o melhor. Beijos tia Fátima.
1. Agora é com você:
a. Numere os versos da poesia. Agora escreva o numero de versos?
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b. Numere também as estofes. Depois escreva uma estrofe.
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c. Circule as rimas na poesia. Agora escreva algumas rimas que você
circulou.
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Lembre-se de que nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere o melhor. Beijos
DESEJO
E por morir. METASTÁSIO
Ah! que eu não morra sem provar, ao menos
Sequer por um instante, nesta vida Amor igual ao meu!
Dá, Senhor Deus, que eu sobre a terra encontre
Um anjo, uma mulher, uma abra tua,
Que sinta o meu sentir;
Uma alma que me entenda, irmã da minha,
Que escute a meu silêncio, que me siga
Dos ares na amplidão!
Que em laço estreito unidas, juntas, presas,
Deixando a terra e o lodo, aos céus remontem.
Num êxtase de amor!
(De Primeiros Cantos)
NÃO ME DEIXES!
Debruçada nas águas dum regato A flor dizia em vão
A corrente, onde bela se mirava...
“Ai, não me peixes, não”!
Comigo fica ou leva-me contigo
Dos mares à amplidão, Límpido ou turvo te amarei constante
Mas não me deixes, não!
E a corrente passava; novas águas.
Após as outras vão;
E a flor sempre a dizer curva na fonte:
"Ai, não me deixes, - não!"
E das águas que fogem incessantes
A eterna sucessão Dizia sempre a flor, e sempre embalde:
"Ai, não me deixes, não!"
Por fim desfalecida e a cor murchada,
Quase a lamber o chão, Buscava inda a corrente por dizer-lhe
Que a não deixasse, não.
A corrente impiedosa a flor enleia,
Leva-a do seu torrão; A afundar-se dizia a pobrezinha:
"Não me deixaste, não!"
(De Novos Cantos)
Minha História
Seu moço quer saber, eu vou cantar num baião
Minha história pra o senhor, seu moço, preste atenção.
Minha história pra o senhor, seu moço, preste atenção.
Eu vendia pirulito, arroz doce, mungunzá
Enquanto eu ia vender doce, meus colegas iam estudar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar.
Enquanto eu ia vender doce, meus colegas iam estudar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar.
E quando era de noitinha, a meninada ia brincar
Vixe, como eu tinha inveja, de ver o Zezinho contar:
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar.
Vixe, como eu tinha inveja, de ver o Zezinho contar:
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar.
Hoje todo são “doutô”, eu continuo João ninguém
Mas quem nasce pra pataca, nunca pode ser vintém
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem.
Mas quem nasce pra pataca, nunca pode ser vintém
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem.
Mas todos eles quando ouvem, um baiãozinho que eu fiz,
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis
E dizem: - João foi meu colega, como
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis
E dizem: - João foi meu colega, como
eu me sinto feliz
E dizem: - João foi meu colega, como eu me sinto feliz
E dizem: - João foi meu colega, como eu me sinto feliz
Mas o negócio não é bem eu, é Mané, Pedro e Romão,
Que também foram meus colegas, e continuam no sertão
Não puderam estudar, e nem sabem fazer baião
Que também foram meus colegas, e continuam no sertão
Não puderam estudar, e nem sabem fazer baião
João
do Vale
Todos Cantam Sua Terra
Todo mundo canta sua terra
Eu também vou cantar a minha
Modéstia à parte seu moço
Minha terra é uma belezinha
A praia de olho d’águaEu também vou cantar a minha
Modéstia à parte seu moço
Minha terra é uma belezinha
Lençóis e Araçagi
Praias bonitas assim
Eu juro que nunca vi
Minha terra tem beleza
Que em versos não sei dizer
Mesmo porque não tem graça
Só se vendo pode crer
Acho bonito até
O jornaleiro a gritar imparcial
Diário
Olha o Globo
Jornal do povo descobriu outro roubo
E os meninos que vendem derrê sol a cantar
Derrê sol derrê ê ê ê ê ê ê sol
E fruta lá tem: juçara
Abricó e buriti
Tem tanja, mangaba e manga
E a gostosa sapoti
E o caboclo da maioba
Vendendo bacuri
Tinha tanta coisa pra falar
Quando estava fazendo esse baião
Que quase me esqueço de dizer
Que essa terra é tão linda é o Maranhão
Ô Maranhão, ô Maranhão.
O jornaleiro a gritar imparcial
Diário
Olha o Globo
Jornal do povo descobriu outro roubo
E os meninos que vendem derrê sol a cantar
Derrê sol derrê ê ê ê ê ê ê sol
E fruta lá tem: juçara
Abricó e buriti
Tem tanja, mangaba e manga
E a gostosa sapoti
E o caboclo da maioba
Vendendo bacuri
Tinha tanta coisa pra falar
Quando estava fazendo esse baião
Que quase me esqueço de dizer
Que essa terra é tão linda é o Maranhão
Ô Maranhão, ô Maranhão.
João do Vale
ATIVIDADE
1.
1. Leia os trechos da música ¨MINHA TERRA¨e substitua cada palavra
sublinhada por desenhos que as simbolize,utilizando materiais diversos.
A praia de olho d’água
Lençóis e Araçagi
Praias bonitas assim
Eu juro que nunca vi
E fruta lá tem: juçara
Abricó e buriti
Tem tanja, mangaba e manga
E a gostosa sapoti
E o caboclo da maioba
Vendendo bacuri.
UM POUCO DA VIDA DE JOÃO DO VALE.
João Batista do Vale desde pequeno gostava
muito de música, mas logo teve de trabalhar, para ajudar a família. Aos 13 anos
foi para São Luís MA, onde participou de um grupo de bumba-meu-boi, o Linda Noite, como "amo" (pessoa que
faz os versos). Dois anos depois, começou sua viagem para o Sul, sempre em
boleias de caminhões: em Fortaleza CE, foi ajudante de
caminhão; em Teófilo Otoni MG, trabalhou no
garimpo; e no Rio de Janeiro RJ, onde chegou em
dezembro de 1950, empregou- se como
ajudante de pedreiro numa obra no bairro de Ipanema.
Passou a frequentar
programas de rádio, para conhecer os artistas e apresentar suas composições, em
maioria baiões. Depois de dois meses de tentativas, teve uma música de sua
autoria gravada por Zé Gonzaga, Cesário Pinto, que fez sucesso no Nordeste. Em 1953, Marlene lançou em disco Estrela miúda, que também teve
êxito; outros cantores, como Luís Vieira e Dolores Duran, gravaram então
músicas de sua autoria. Em 1964 estreou como cantor
no restaurante Zicartola, onde nasceu a idéia
do show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa, que foi apresentado
no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro.
Dele participou, ao
lado de Zé Kéti e Nara Leão, tornando-se
conhecido principalmente pelo sucesso de sua música Carcará (com José Cândido), a mais marcante do espetáculo, que
lançou Maria Bethânia como cantora. Como compositor, em 1969 fez a trilha sonora
de Meu nome é Lampião (Mozael Silveira). Depois de se
afastar do meio musical por quase dez anos, lançou em 1973 Se eu tivesse o meu mundo (com Paulinho Guimarães) e em 1975 participou da
remontagem do Show Opinião, no Rio de Janeiro.
Tem dezenas de músicas
gravadas e algumas delas deram popularidade a muitos cantores: Peba na pimenta (com João Batista e Adelino Rivera), gravada por Ari Toledo, e Pisa na fulo (com Ernesto Pires e Silveira Júnior), baião de 1957, gravado por ele
mesmo. Em 1982 gravou seu segundo
disco, ao lado de Chico Buarque, que, no ano anterior, havia produzido o LP João do Vale convida, com participações
de Nara Leão, Tom Jobim, Gonzaguinha e Zé Ramalho, entre outros. Em 1994, Chico Buarque
voltou a reverenciar o amigo, reunindo artistas para gravar o disco João Batista do Vale, prêmio Sharp de melhor disco
regional...
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Portugueses para colorir!
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